sábado, 9 de julho de 2011

um história de amor ou de fracasso?

uma pequena menina: Lanie
começa-se com dois corações distante, que por um olhar eles se apaixonam, e de tudo eles tentam, nada da certo, nada coopera, eles lutam, e tudo continua a dar errado.
talvez ela fosse fraca, talvez ela apenas fosse muito fraca, ou ela apenas queria arranjar uma forma e de não sofrer, e desesperada ela tentando achar essa formula, e de todas as maneiras ela tentava, ela só queria parar de chorar.
e com muitas tentativas de tentar estar perto desse amor, ela chora, e ela não se conforma, e então ela vai ficando fraca, ela vai desacreditando em tudo, até mesmo na sua capacidade, e tudo o que agora ela vê são negatividades, negatividades no amor, nas amizades, nas famílias, pais, estudos, crenças, e na sua última tentativa que era apenas o que ela queria, poder fugir, fugir com quem se ama; ela vê desmoronar, ela surta, ela apenas surta, e ela desliga tudo e chora desesperadamente, e tudo ali o que ela deseja é dormir, ela apenas que dormir para que essa dor acabe de uma vez, mas não acabe, e quanto mais ela quer acabe, mais doí e ela mais chora, ela se desespera, ela rola na cama, ela acende a luz, deita, levanta, apaga, deita, levanta, acende, ela se pinta, colori seus cabelos, ela os corta, ela risca sua parede, e suas roupas, ela quer se distrair, e não consegue, mais quanto tenta esquecer, mais ela lembra de todo o fracasso, todo o seu fracasso, "eu sou fraca, sou inútil", ela se repete, ela se faz acreditar nisso, ela não entende, ela apenas sente, ela pega uma caixinha onde contém alguns remédios, tira todos e aliviada pensa, minha dor vai passar, e ela os toma, e nada acontece, ela pega mais e os toma, nada acontece, ela deita e pensa, apaga, apaga, apaga, porque voce não me apaga e então ela toma mais, nada acontece, vai para os quartos de seus pais e abraça sua mãe e começa a sentir dores, e ela repete para si, não quero sentir dores, quero apenas apagar, só apagar, sente se tonta, e sente dores, sua mãe vê os remédios e chama seu pai, e ele levanta e ele apenas reclama, ele reclama e não se conforma, "com minha filha não", ele toda hora repete, liga-se para o hospital, em breve chega a ambulância, sua dor é tanta, e ela pensa como nunca havia sentido tanta dor, e não sabia distinguir se era emocional ou física, mas ela só quer que passe;
sua mãe chora e segura sua mão o tempo todo, e a gente vai indo em direção a um hospital, e ao chegar lá, aquelas agulhas enfiam sobre seu braço, 3 vezes elas a furam, e ela grita, porque ela tem pavor delas, e um tubo que entra do seu nariz até seu estomago é enfiado e lá vai se passando a água e ela vomita e vomita e vomita, vomita todos aquelas remédios, e esse tubo machuca, tudo o que ela quer é tirá-lo, mas ela fica lá durante horas com ele, chega-se uma psiquiatra te obrigando a falar, e ela dizia, enquanto voce não falar eu não tiro esse tubo de voce, e ela pergunta "porque voce fez isso?, porque?", Lanie não sabe o que responder, vem tantas coisas em sua mente, tantas, e quanto mais ela tenta falar, mais aquilo doí. passa-se horas, e tudo acaba, ela volta pra casa, e ela entra dentro do chuveiro, calada, zonza, e fica lá durante toda a sua manhã depois de uma mera madrugada, sua irmã está lá pra ela, e ela apenas pensa em como ela a ama, e sua mãe lhe pergunta se ela sente fome, se ela quer deitar e ela apenas fala chorando, eu só não quero ficar sozinha...
parece que foram muitos dias ali, mas não foi, foi uma noite, apenas uma noite e ninguém sabe, ninguém nem sequer imagina, seu irmão te abraça, sua irmã te abraça e chora e fala, não faça isso porque todos vão sentir sua falta, e ela chora, Lanie nunca havia visto ela chorar, e ela nunca havia lhe dado um abraço daquele, seus pais, seus irmãos com os olhos lagrimados conversam sobre outros assuntos tentando disfarçar, e elas a façam perguntas tentando faze-la se soltar, mas ela apenas permanece calada, tentando entender a si mesmo, o porque ela é tão fraca, e porque ela foi tão fraca, ela não sabe responder a si mesmo, mas ela sabe que foi.
e o resto do seu dia que ela fica deitada, a única coisa que ela pensa é nele, ela só lembra dele e tenta conformar que acabou, mas ela não quer que acabe e ela pensa em não lhe dar noticias durante um tempo, mas ela tem medo de que ele á esqueça, ela nem sequer sabe o que quer, mas tudo o que ela pensa e tudo o que ela pensou durante toda a dor que sofria com todas aquelas agulhas e o cano em seu corpo é o quanto ela queria abrir os olhos e ver ele ali do seu lado segurando a sua mão, mas em nenhuma parte do dia ele estava lá, ele nem sequer sabia que ela estava lá, mas ela só pensava nele, e ela começa a escrever cartas porque ela quer que um dia ele leia, não para ele sentir pena de todo o seu sofrimento, mas ela quer que ele saiba que durante tudo, em fraqueza, dor, tormento, fosse o que fosse, ela apenas pensava nele, todo o tempo, tudo o que ela via era ele, ela apenas queria ele.

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